Saturday, November 18, 2006

Lucas Santtana


Com vocês Lucas Santana...


Quando eu escutei o som desse sujeito pela primeira vez na verdade não sabia quem éra ele de verdade, pois eu só soube agora que ele tinha uma música na novela! Vivendo e aprendendo! Quem lembra daquela música "Mensagem de Amor"? Pois é...
Mas, dessa vez eu escutei o seu novo trabalho chamado "3 SESSIONS IN A GREENHOUSE" que me deixaram de cara!
Foi justamente quando eu fui morar numa República (hoje infelizmente já estinta) de loucos e grandes amigos! Meu amigo Räi Alfaia (vocalista do Monjolo) e Chiquinho (outro louco gente fina) me acolheram por uns tempos lá...
E também foi lá que eu tive as primeiras aulas de música Afro, Dub, Ska, e tudo quanto é som doidêra e bom!

Foi lá que eu escutei esse novo disco de Lucas!! E daí fui ver o show dele no Sesc Pompéia no projeto Bem Brasil! Muito bom...
O que eu gostei mais desse CD (como as preferidas), são as músicas "Awô Dub", com seus metais pisicodélicos; "Tijolo a Tijolo", com o cavaquinho e baixo muito bem arranjados com os metais; e "Lycra Limão"...

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Lucas Santana

Começou sua carreira como instrumentista, tocando ao lado de artistas como Gilberto Gil , Caetano Veloso, Chico Science & Nação Zumbi, foi gravado por cantoras como Marisa Monte, Jussara Silveira e Fernanda Abreu, entre outras. Em 2000, lançou seu primeiro CD, “Eletro Ben Dodô” que recebeu boas críticas nacionais e internacionais, além de ter sido incluído na lista dos 10 melhores CD independentes daquele ano, do New York Times. Em 2002, Lucas fez a trilha sonora da peça “O Bispo".

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Galera, como prefirência deixo quem sabe mais falar desse CD!
3 SESSIONS IN A GREENHOUSE



SINAL VERDE "3 sessions in a greenhouse" – Lucas Santtana e Seleção Natural O título do disco é auto-explicativo: "3 sessions in a greenhouse" (Diginóis) foi gravado em apenas três sessões, ao vivo. A idéia era capturar o clima dos shows, com qualidade de estúdio. Já a greenhouse, bom, você pode imaginar.

Para isso, Lucas Santtana e Seleção Natural ocuparam uma grande sala no estúdio AR, no Rio, e gravaram na reta, como se fala no meio musical. Todos tocando juntos, como num show. Vale a melhor tomada coletiva. Sem regravação, sem overdubs, sem retoques.

A linha de baixo acachapante e a metaleira matadora da instrumental "Awô dub", que abre o disco, entrega de cara o elemento unificador do disco: o dub. Lucas Santtana é admirador da vertente alucinada do reggae há muito tempo. Não por acaso, mantém, junto com o inglês David Cole, um sound system nos moldes jamaicanos. O Sensorial Sistema de Som costuma se apresentar nas praias do Rio, com David nos toca-discos e Lucas no MP3.

Isso não significa que Lucas Santtana tenha fugido do seu estilo próprio e que "3 sessions in a greenhouse" tenha uma pegada reggae – não mesmo. O dub aqui é utilizado como ferramenta, não como um estilo. É um modo de produção.

Em todas as faixas o baixo e a bateria estão na frente, os efeitos desnorteiam e te mandam para lugares distantes. No entanto, a idéia não é simplesmente emular os mestres do dub dos anos 70, mas sim adaptar os experimentos jamaicanos à música atual, utilizando o estúdio como um instrumento, independente do gênero musical.

A inédita "Tijolo a tijolo, dinheiro a dinheiro" (que vinha aparecendo nos shows e agora, finalmente, foi gravada), segunda faixa do disco, ilustra bem isso. O cavaquinho ecoa, a voz reverbera, o baixo pulsa, mas só um louco categorizaria a música como reggae. Aliás, classificar "3 sessions in a greenhouse" de qualquer coisa é complicado. E essa é a graça do disco.

"Só baixo se for de graça", diz Lucas na letra da mesma música. O comentário não é gratuito. Lançando o disco por seu próprio selo, o agora digital Diginóis (.com.br), Lucas está ligado no cenário atual da indústria musical. O Diginóis é o novo saite oficial de Lucas Santtana, onde ele passa a manter um blogue.

Pra começar, "3 sessions in a greenhouse" foi realizado com dinheiro captado através de um edital cultural da Petrobrás feito inteiramente online, sem uma folha de papel impressa. Agora, pronto, todas as músicas poderão ser baixadas, gratuitamente, no saite do selo. O disco será vendido fisicamente apenas nos shows.

Tanto as músicas da maneira que foram concebidas, como também as faixas abertas, estão ao alcance de quem se interessar. No dorso da capa lê-se: "Letras, faixas abertas, novas mixes. Participe da evolução desse trabalho". O lance é coletivo.

A mixagem de Buguinha Dub (técnico de PA da Nação Zumbi, que também mixou metade de "E o método tudo de experiências", do Cidadão Instigado, e produziu "3 sessions..." junto com Lucas) é essencial, amarrando os muitos instrumentos e efeitos de maneira eficaz.

O entrosamento com a Seleção Natural – formada por Gil (bateria), David Cole (efeitos), Ricardo Dias Gomes (baixo), Leandro Joaquim (trompete e fluguelhorn), Maurício Zacharias (trombone), Bruno Levi (guitarra) e pelos percussionistas do Trio Onilu (Mestre Leo Leobons, João Gabriel e Leo Saad) – foi imprescindível para o bom resultado final.

Durante a gravação, o ambiente estava tão solto que é possível ouvir os comentários e avaliações dos músicos entre uma faixa e outra. As três sessões foram registradas, com cinco câmeras de vídeo, por Luis Baiia e Pedro Amorim e devem ser reunidas em um DVD em breve.

Não faltaram convidados. Tom Zé participa da regravação samba dub da sua "Ogodô ano 2000" e Gilmar Bola 8 canta em "Pela orla dos velhos tempos", da sua banda, Nação Zumbi, aqui em versão funk (com direito a sample do sample de "Feira de Acari", do DJ Marlboro).

Inspirado na batida de "Colonial mentality", de Fela Kuti, a afrobeat "A natureza espera", feita com Wado, conta com as participações de Marcos Lobato (do Afrika Gumbe) tocando Rhodes, do ator João Miguel (do filme "Cinema, aspirinas e urubus") e da jornalista americana Phylis Huber, lendo um trecho de "The waves", de Virginia Woolf, descrevendo um nascer do sol pra lá de psicodélico. A balada "Into shade" é parceria com Arto Lindsay.

"Deixe o sol bater" (do primeiro disco, "Eletro Bem Dodô") surge em versão instrumental e os parênteses dizendo dubversão de "Lycra-limão" (do segundo disco, "Parada de Lucas") dispensa maiores explicações. Fechando o disco, "Faixa amarela", clássico do repertório de Zeca Pagodinho, vai a Kingston e não volta mais.

"3 sessions in a greenhouse", coincidentemente o terceiro disco da carreira de Lucas Santtana, evoca a tradição jamaicana dos riddims, em que uma canção está sempre viva e pronta para ser manipulada novamente. Regravações e inéditas se confundem no tempo e no espaço. Cabe a cada ouvinte escolher a sua viagem.

Esse texto é de autoria de Bruno Natal!
Ele tem um site bem interessante de música!
E aí vai a dica do Site: http://www.gardenal.org/urbe/

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Bem...
Aqui vão alguns endereços que vocês podem saber um pouco mais sobre Lucas Santtana:

Seu Site: www.diginois.com.br
My Space: http://www.myspace.com/santtana
Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=168238

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Sobre o site e sobre shows é só buscar nos respéctivos sites acima

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