Tuesday, September 15, 2009

Pessoal

Nessa quinta feira, dia 17, tocarei com meu projeto solo GIL DUARTE E SISTEMA ASIMOV DE SOM
no Bar B - Rua General Jardim, 43 (perto da Estação República)
E com uma novidadicipação especial de meus amigos da Paraíba que estão de passagem por São Paulo:e!
Vai ter uma part
Chico Correa (Eletrônic Band) e Jonatas Falcão (Eletrocôco)...

Antecipando a Festa de 3 anos do Bar B, já que esse mês vamos gravar lá dia 23 também!!!
E em parceria com a Punk Saravá!!!

Conto com a presença de vocês!

Um grande abraço




“O Sistema Asimov de Som não é apenas uma junção de elementos eletrônicos e acústicos. Vem junto no protocolo o magnetismo das pessoas que realizam essa façanha de transmitir pensamentos transmutados em sons. As bases e samplers com efeitos são produzidos a partir dos sons da cidade, carros, filmes de ficção científica, buzinas, cantos dos quase extintos "vendedores de porta-em-porta" (amoladores de faca, vendedores de remédios, mascates, de pamonha, peixe), gritos urbanos que permeiam o cotidiano e memória coletiva. Cada um trabalha de uma maneira através do sistema gravitacional gerado pela afinidade musical. Esse trabalho não é só uma questão musical, mas um registro de percepções sobre o nosso mundo e também sobre historias vividas, sensações, saudades da terra Natal, tudo que posso dizer sobre o que me influenciou nesse meu trajeto como músico”. Gil Duarte ”Sopros gordos de baile e chinelas de um Chico Science passeando loucão na praia são algumas das imagens que o Sistema Asimov de Som emite. Pois é, projeto do cearense Gil Duarte, estudante de música agora residente em São Paulo, o Sistema pode não escapar de uma noção de banda nordestina malemolente e de certa forma habitual. Meio a ver com Cidadão Instigado em sua maneira de soar retrô-moderna em líricas provincianistas; filha dos experimentalismos sonoros, também retrô-modernos, do manguebeat; e apegada aos sotaques mais arrojados da região (tipo Tom Zé). “ Cláudio Szynkier (Trama Virtual) Experiências adquiridas na cidade de São Paulo em 4 anos de trabalho musical com diversos parceiros; formação acadêmica (e também empírica e tradicional) na cidade de Fortaleza nos anos compreendidos entre 1998 e 2003; a incessante busca pela novidade, numa pesquisa constante por diferentes sonoridades. Essas características amalgamaram-se – e continuam solidificando-se – na personalidade artística de Gil Duarte, resultando atualmente no projeto Sistema Asimov de Som. O trabalho é uma fotografia da construção do estilo musical de Gil Duarte, onde se pode notar a riqueza da musicalidade e a preocupação com a poesia cantada. Os temas são variados, e misturam referências regionais com toques de ficção científica e cotidiano, em especial o cotidiano urbanóide de São Paulo, na visão de um nordestino em meio ao concreto cinza da metrópole. A diáspora dos brasileiros do nordeste, em busca de melhores oportunidades no ‘sul’, é uma marca presente, e ao mesmo tempo disfarçada, no trabalho de Gil. É algo como uma filigrana de identificação, que se fazia presente também nos artistas cearenses das décadas passadas. A saudade do lar, o estranhamento, a longitude da família e dos amigos, e ao mesmo tempo a vontade de conhecer outros lugares, outros céus, outras culturas, o gosto inconsciente pelo ‘partir’, são características impregnadas na alma do cearense, em especial da classe artística. Isso já vem de meados da década de 70, com os representantes do chamado ‘Pessoal do Ceará’. Ainda hoje, em artistas como Geraldo Junior, Cidadão Instigado e Gil Duarte, pode-se notar essa característica, embora em situação bem diversa da outra experimentada anteriormente. Mas o sentimento que vira poesia é basicamente o mesmo. Como diria Ednardo, na música Ingazeiras: O sul, a sorte, a estrada me seduz É ouro, é pó, é ouro em pó que reluz Além da música e da poesia, toda a arte gráfica é também inspirada nas imagens criadas por Gil, através de seus desenhos com influências da arte Naif e da Arte Pop, usando materiais recicláveis para a confecção de suas obras, desde livros rejeitados até embalagens de papel descartadas.

Por Marcos Maia (Coletivo Supernova)

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